História da Criolipólise

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História da Criolipólise

Para entender a história da Criolipólise, primeiro devemos saber que recentemente a crioterapia deixou de ser um recurso terapêutico utilizado apenas por fisioterapeutas na área de ortopedia e traumatologia. Logo, foi passando a ser utilizada por esteticistas e especialistas em dermatofuncional nas patologias estéticas.

Seu princípio está baseado nas aplicações de frio que provocam redução imediata da temperatura corporal da superfície sobre a qual agem. Para compensar esse desequilíbrio, o organismo aumenta a produção de calor. Com a taxa metabólica elevada, reservas energéticas armazenadas nos adipócitos são utilizadas e assim o volume da célula de gordura é reduzido.

Origem da Criolipólise

Inicialmente, a criolipólise foi criada em 2005 pela Zeltiq Aesthetics, Inc. (Pleasanton, CA), sendo utilizada apenas na área de ortopedia e traumatologia.

Em 2009 o professor doutor Rox Anderson, um norte-americano, da Escola de Medicina e Dermatologia de Harvard, através de estudos dermatológicos, deu origem a criolipólise.

Suas pesquisas iniciaram na década de 70. Uma publicação científica de seu grupo de pesquisa observou que crianças que tomavam sorvete após cirurgia de retirada de amígdalas, apresentavam covinhas nas boechas. A partir desse achado Dr. Rox Anderson passou a pesquisar o efeito do frio nas células de gordura, bem como, testar a técnica para combater a gordura localizada.

Com esse estudo percebeu-se que o efeito da criólise seletiva, destrói intencionalmente o tecido adiposo através do frio. Técnica que não interfere nos tecidos adjacentes e que não promove alterações clínicas.

Os primeiros estudos, em 2008, realizados na cidade de Boston foram testados em porcos. Posteriormente, em 2009, foram liberados os primeiros testes em seres humanos. A técnica foi testada em 1,200 pessoas nos Estados Unidos e na Europa apresentando resultado promissor, onde a média de perda de circunferência da cintura foi de 4 centímetros por sessão.

Em setembro de 2010, ainda na cidade de Boston, a liberação foi realizada pela agência governamental que controla alimentos e medicamentos no país, a Food and Drug Administration (FDA). Nesse mesmo momento foi determinado pelo FDA a temperatura e o tempo de exposição de cada aplicação, evitando assim queimaduras provenientes do frio ou qualquer outro tipo de risco.

Essa primeira liberação estava condicionada apenas à utilização da criolipólise em flancos. A partir daí muitos protocolos surgiram com inúmeras aplicações em regiões variadas. Em 2012, adquiriu-se liberação do FDA para aplicação no abdômen. Já em 2014, o mesmo órgão aprovou a criolipólise para o tratamento de gordura subcutânea nas coxas.

Em 2012, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) liberou a técnica no Brasil. Atualmente, seu uso também está autorizado pela Health Canadá, pela União Europeia e Ásia como um tratamento não invasivo para redução de gordura subcutânea localizada.

História da Criolipólise e comprovação da eficácia

Dentro da história da criolipólise, também devemos mencionar sobre sua eficácia e resultados. Essa técnica, que consiste na destruição seletiva dos adipócitos através da exposição ao frio, tem se mostrado uma escolha segura e eficaz na redução de gordura subcutânea.

Urzedo e colaboradores (2012) mostram que a criolipólise é uma técnica que apresenta resultados satisfatórios, chegando a redução de 20% a 26% de gordura localizada.

Uma pesquisa realizada por Dierickx e colaboradores (2013) foi composta por 518 voluntários, provenientes de várias idades, de ambos os sexos, diferentes tipos de pele e com presença de gordura localizada. Esse estudo teve como objetivo avaliar a segurança e a tolerância dos pacientes ao tratamento com Criolipólise. Através de um questionário, critérios avaliativos com escala de 4 pontos (muito satisfeito, satisfeito, neutro e insatisfeito) foram realizados. Dentre os resultados, nenhum efeito adverso e colateral foi relatado, 89% dos voluntários tiveram percepção positiva ao tratamento e 73% estavam satisfeitos com o resultado. Observou-se também que 86% tiveram melhora eficaz nas regiões do abdômen, costas e flancos.

Zelickson e pesquisadores (2009) afirmam que a técnica apresenta efeitos adversos, porém mínimos, como: dor local, edema, hematoma, equimose, dormência, entre outros. Esses efeitos desaparecem após as seções e o paciente pode retornar à suas atividades logo após as aplicações, não havendo nenhuma restrição.

Através de pesquisas e revisões bibliográficas é possível observar a eficácia da técnica de Criolipólise no tratamento de gordura localizada. Seus principais pontos positivos são: segurança, eficácia e método não invasivo.

Os estudos realizados até o momento são capazes de afirmar que após uma sessão de Criolipólise, em média, pode-se eliminar de 20% a 25% de gordura na área onde foi realizado o procedimento. Essa redução pode ocorrer gradativamente no período de até 6 meses.

Importante ressaltar ao paciente que a célula de gordura que foi destruída será eliminada, porém, se o sujeito engordar novamente, haverá o desenvolvimento pelo próprio organismo de uma nova célula de gordura. Neste sentido, é muito importante orientá-lo sobre os cuidados após a Criolipólise.

História da Criolipólise e a Legislação Brasileira

Outro tópico que está inserido dentro da história da criolipólise, é a Legislação Brasileira.Os produtos comercializados no Brasil de origem nacional ou importados necessitam seguir a legislação Brasileira. Nesse sentido, devem ser registrados pela ANVISA e serem certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia o INMETRO.

Cabe ressaltar que é extremamente importante utilizar equipamentos seguros, registrados e certificados, uma vez, que o grande problema enfrentado no tratamento da Criolipólise são as queimaduras.

Esses episódios de acordo com a literatura, são raros, porém podem ocorrer quando profissionais não sabem executar a avaliação e/ou manusear o equipamento. Ou também, quando há falsificação ou reaproveitamento da membrana (separação entre a pele e as placas de Peltier) que protege a pele evitando queimadura.

Gostou do artigo? Então leia também sobre como funciona a Criolipólise.

Referências

ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual para regularização de equipamentos médicos na ANVISA: gerência de tecnologia em equipamentos médico. versão 6 . p. 1-176, 2010. Disponível em  http://portal.anvisa.gov.br/documents/33912/264673/Manual+para+regulariza%C3%A7%C3%A3o+d+equipamentos+m%C3%A9dicos+na+Anvisa/ad655639-303e-471d-ac47-a3cf36ef23f9

AGNE, Jones Eduardo. Criolipólise e outras tecnologias no manejo do tecido adiposo.São Paulo: Andreoli, 2016

DIERICKX, C.C. et al. Safety, tolerancy and patient satisfaction with noninvasive  cryolipolysis. Dermatologic Surgery. 2013. V.39, N. 8, p.1209-1216

INMETRO. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia. Produtos e serviços com conformidade avaliada. Adoxy medical: asgard VC10.

URZEDO, Ana Paula; LIPI, Jussara; ROCHA, Leticia.  Criolipólise: tecnologia não invasiva para redução de medidas. South American jornal os Aesthetic Medicine, 2012.

ZELICKSON, Brian. Cryolipolysis for noninvasive fat cell destruction: initialresultsfrom a pigmodel. DermatologicSurgery inc. 2009.